OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA BRANCA

A comunidade da Zona Oeste quer informações mais detalhadas sobre todas as intervenções previstas na Operação Urbana Consorciada Água Branca. Quer a realização de Audiências Públicas Temáticas (drenagem, patrimônio, viário, equipamentos públicos, mudanças climáticas, uso e ocupação do solo dentre outros), e de Audiências Públicas Devolutivas, com tempo suficiente para compreensão do problema e debates/proposições, visando o estabelecimento de um diálogo maduro, responsável, competente e comprometido com a sustentabilidade e a qualidade de vida de nossos bairros e moradores.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Se você discorda da violência, participe!

Grande Ato de Protesto no dia 25 de Janeiro

As pessoas e seus direitos têm sido cotidianamente desrespeitadas na cidade e no estado de São Paulo, pelos governos estadual e municipal, com o uso de força policial truculenta contra a população pobre, com políticas de especulação imobiliária predatória, desapropriações irregulares e projetos urbanísticos, que não consideram a vida e a participação das pessoas nos seus bairros nem protegem suas propriedades, e sem oferecer políticas públicas efetivas de saúde, educação, trabalho e habitação e sem permitir a participação cidadã garantida pela Constituição e pelo Estatuto da Cidade.

Os atos recentes de violência e tortura contra os moradores do Bairro Pinheirinho de São José dos Campos e a população em situação de rua da região da Luz, o desamparo às famílias vitimadas pelo incêndio da Favela do Moinho, tem horrorizado cidadãos e cidadãs em todo o Brasil, com grande repercussão internacional.

Durante o último ano, participamos em mais de mil pessoas em cada uma das duas audiências públicas sobre a Operação Urbana Consorciada Água Branca – OUCAB, com importante intervenção e formulação de propostas pelas comunidades, conselhos e associações de ação cidadã. Há um ano, a comunidade organizada e solidária conseguiu impedir a ação truculenta da prefeitura e da polícia militar para desalojar os moradores da Favela do Sapo, e conseguiu que estas famílias recebessem termos de direito de moradia no perímetro da OUCAB. Em outros bairros e regiões, comunidades se organizam contra as desapropriações para projetos de especulação imobiliária previstos para o Itaim Bibi, Luz, Santa Ifigênia, Lapa, Água Espraiada, Casa Verde, Faria Lima, Pinheiros, Pompéia, Perdizes, entre tantos outros.

No dia 25 de janeiro, aniversário da Cidade de São Paulo, entidades, movimentos, cidadãos e cidadãs estarão a partir das 8h na Praça da Sé e no Pátio do Colégio para protestar contra as ações autoritárias e truculentas dos governos estadual e municipal. Dirão um imenso NÃO à criminalização da população pobre e à militarização de São Paulo e um SIM à implementação de políticas de saúde, habitação, educação, cultura e trabalho que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas.


Moinho, Pinheirinho, “Cracolândia”. Além de décadas de descaso por parte do poder público, estas regiões ganharam um novo elemento em comum: o terrorismo de Estado, que carrega consigo inúmeras denúncias de abuso de autoridade, racismo, violação de direitos humanos e tortura. Fica cada vez mais evidente que a política do governo paulista está calcada na militarização como instrumento de garantia dos lucros da iniciativa privada que a financia. Fica também cada vez mais claro que é hora de dizer BASTA.
A população paulista não pode mais tolerar que questões sociais complexas como consumo de drogas ou habitação sejam “resolvidas” por meio da violência policial pura e simples, desrespeitosa de todo e qualquer direito, de toda e qualquer lei que ainda possa vigorar em nosso “Estado de Direito”.
As políticas de “dor e sofrimento” implementadas pelos governos de Kassab e Alckmin – e pouco ou nada combatidas pela esfera federal – dizem respeito a todos os cidadãos e cidadãs, sejam usuários de drogas ou não, tenham sido despejados violentamente de suas casas ou não. Estão em jogo a capacidade de resolvermos nossos problemas através do diálogo, a implementação verdadeira da democracia, o direito à cidade e à políticas públicas efetivas, o respeito aos direitos humanos e à Constituição, o fim do aparelho repressivo implementado na ditadura militar que deveria ter acabado em 1985.
Não é exagero dizer que, com estes governantes, são nossas vidas que estão em jogo. Soluções só se materializam se os problemas estruturais – da desigualdade, do controle da política por parte das corporações, da falta de democracia real – forem enfrentados.

Quarta-feira, dia 25, na Praça da Sé, mais de 60 grupos, entidades e movimentos sociais dirão um imenso NÃO à criminalização da população pobre e à militarização de São Paulo e um SIM à implementação de políticas de saúde, moradia, educação, cultura e emprego que respeitem os direitos humanos e a dignidade das pessoas. Nos juntamos também à exigência de suspensão imediata da desocupação do Pinheirinho, com retorno das famílias às suas casas na área anteriormente ocupada.

Concentração a partir das 8h, na Praça da Sé.
Grande ato ESPECULAÇÃO EXTERMINA: BASTA DE TREVAS NA LUZ E EM SÃO PAULO!

Caminhada rumo ao Pátio do Colégio, onde o prefeito e o governador estarão, por volta das 10h.

Entrega ao prefeito do Diploma de Pior Prefeito da Cidade de São Paulo.


Atividades culturais na  região Luz no período da tarde (a partir das 13h30), entre as Ruas Dino Bueno e Helvétia.



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